As mulheres com herpes genital podem ter uma gravidez segura e um parto vaginal normal. Isto é especialmente verdadeiro quando a mulher recebe o diagnóstico de herpes genital antes de engravidar. Quando a mãe já tem história de herpes genital, ela terá anticorpos circulantes no sangue que protegerã o bebê durante a gravidez e o parto.
Existem apenas duas situações em que o feto em desenvolvimento pode correr risco:
- Episódio inicial grave durante o primeiro trimestre (12 semanas) de gravidez, que pode ocasionar aborto espontâneo. Este tipo de risco é muito incomum e ocorre também com uma série de outras infecçöes virais, inclusive gripe
- Primeiro episódio no último trimestre de gravidez, já que há uma grande quantidade de virus presente e tempo insuficiente para que a mãe produza anticorpos para proteger o feto. A transmissão do vírus ao feto causa herpes neonatal, uma doença potencialmente letal. No entanto, o herpes neonatal é extremamente raro nos países desenvolvidos. A monitoração cuidadosa, o uso adequado de tratamento antiviral e/ou o parto cesáreo podem reduzir o risco para o feto.
Cuidados durante a gravidez
É importante que a mulher grávida informe ao médico/obstetra se ela ou seu parceiro tem herpes genital. Quando o parceiro tem herpes genital e a mulher não tem evidências de infecção, os procedimentos a seguir podem ajudar a mulher a evitar adquirir o vírus durante a gravidez:
- Exame de sangue para estabelecer se a mulher tem anticorpos anti-HSV
- Uso de preservativos do momento da concepção até o parto
- Administração de medicação antiviral oral ao parceiro da mulher durante a gravidez desta para suprimir os surtos de herpes genital
- Se o parceiro da mulher tiver história de herpes facial ou vesículas dolorosas, evitar sexo oral durante a gravidez.